Ecossistema: como criar e desenvolver um

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Temos visto com muita satisfação o merecido destaque do Brasil no cenário de inovação e empreendedorismo, resultado de um trabalho iniciado já há alguns anos. Outro fator que muito tem contribuído para a disseminação desses conceitos é a criação e desenvolvimento de ecossistemas locais, que dão cada vez mais corpo para esse movimento que, parece que dessa vez veio para ficar, permitindo com que as startups, em especial, tenham maiores chances de sucesso quando inseridas em ambientes propícios como esses, que apoiam e incentivam a cultura empreendedora.

Assim, novos importantes polos regionais começam a nascer em Minas Gerais, Santa Catarina e também em cidades fora dos eixos centrais de inovação, como no interior paulista.

Mas quais são as combinações de variáveis necessárias para a criação e o desenvolvimento de um ecossistema? Será que é possível fazer de Sorocaba um novo “Vale do Silício”, por exemplo?

 

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Contextualizar e replicar modelos de sucesso como o do Vale do Silício em comunidades locais, pode e não pode dar certo já que vários fatores influenciam diretamente esse ambiente como: mecanismos regulatórios, condições do mercado, programas de incentivo ao financiamento e aceleração dos novos negócios e uma forte cultura voltada para a disseminação do empreendedorismo – e isso para citar apenas alguns exemplos. Outra questão indispensável é a identificação dos grupos de interesse e os papéis que exercerão para o funcionamento e a evolução do ecossistema (e diríamos que essa talvez seja a premissa inicial).

Então, por onde começar?

 

O ciclo de aceleração do empreendedorismo

 

A criação do Vale do Silício pode ser ilustrada por um ciclo com quatro passos: sonho grande, crescimento, comprometimento e reinvestimento.

 

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O Vale do Silício começou com oito empreendedores que antes de mais nada acreditaram no sonho de ser uma referência no segmento em que atuam (disputando com outras regiões muito mais evoluídas no mesmo setor).

O segundo grande passo ficou por conta do crescimento e do desenvolvimento local. Em alguns anos a Baía de São Francisco se tornaria o maior negócio de chips de computadores, empregando 12 mil pessoas.

O sucesso do Vale do Silício não foi acidente, mas sim resultado de algumas tentativas frustradas e do comprometimento daqueles empreendedores. Eles permaneceram na região (mesmo depois de bem sucedidos) com o intuito de continuar a contribuir para o seu desenvolvimento, ou seja, para efetivamente fortalecer o ecossistema.

O último passo do ciclo ocorreu quando os próprios empreendedores  passaram a investir em novos empreendedores e novas empresas, deixando às futuras gerações um importante legado. A repetição desse ciclo de crescimento criou mais de duas mil empresas.

 

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As 3 lições básicas para criar um ecossistema

 

Se você é um líder, empreendedor e/ou gestor público e deseja cultivar o empreendedorismo de alto impacto e crescimento e sua comunidade local, atente-se para essas três dicas fundamentais:

 

  1. Grandes companhias podem se desenvolver em lugares imprová­veis e desafiadores: a exemplo do Vale do Silício que  não possuía grandes fontes de financiamento, trabalhadores talentosos ou grandes centros de pesquisa foca­dos no setor de chips de computadores, muitos outros ecossistemas também foram criados e se desenvolveram em ambientes extremamente desafiadores.
  2. Alguns empreendedores são ca­pazes de causar um grande impac­to:  um pequeno número de empreendedores pode sim ser responsável por tranformações no ambiente empresarial o que implica em dizer que, em conjunto, podem criar novos negócios e permitir o rápido crescimento de uma região. A história de Fairchild (empresa dos oito empreendedores do Vale do Silício criada em 1957) é prova disso: 30 novos negócios relacionados a chips de computadores puderam ser desenvolvidos a partir dessa empresa, em menos de 14 anos. Essas novas companhias formaram o núcleo de um novo local para a indústria de chips, empregando 12 mil pessoas no total.
  3. Há um modelo de sucesso que líderes podem acelerar: foi a partir do Ciclo de Aceleração do Empreendedorismo (sonho grande, crescimento, comprometimento e reinvestimento) que 92 empresas tecnológicas com capital aberto foram criadas no Vale do Silício. Essas empresas empregaram 800 mil pessoas e estão avaliadas em mais de 1,8 trilhões de dólares. Outras cidades e regiões por todo o mundo podem e devem usar o modelo do Ciclo de Aceleração do Empreendedorismo para cultivar o crescimento de empresas e in­dústrias locais.

 

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Matéria original

http://startupsorocaba.com/ecossistema-como-criar-e-desenvolver-um-novo-vale-do-silicio/

About the Author Leandro Rasia

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