Quando vemos nuvens pesadas no horizonte, como um prenúncio de uma grande tempestade, começamos a nos sentir apreensivos.
Colocamos pesos sobre os papéis, fechamos o vidro do carro, cerramos as janelas e portas.
Muitas vezes, em meio às tempestades por que passamos, não conseguimos enxergar mais do que dois ou três passos à frente.
Em meio à chuva e ao vento, não conseguimos pensar em muita coisa. Salvo proteger a si mesmo, evitar se molhar muito e cuidar para que o vento não leve de nossas mãos o que estamos carregando.
Se enxergue nessa situação por um minuto, passando por uma grande tempestade à pé, na rua. E veja o que acontece.
Frequentemente, estamos olhando para baixo, com o objetivo de evitar ao máximo molhar os pés.
Mesmo que eles estejam molhados, continuamos olhando frequentemente para baixo.
O vento traz nossa atenção à nós mesmos, gerando alguns movimentos inconscientes de proteção. Apertamos o casaco, cruzamos os braços, aproximamos nossos pertences do corpo, nossos músculos ficam mais rígidos…
O passo é mais rápido, a respiração é mais ofegante. Cada pingo que nos atinge é percebido, pois a sensibilidade corporal aumenta.
Toda a natureza o faz assim também.
Os pássaros se recolhem, os animais se protegem, as pequenas formigas retornam aos seus refúgios.
Quando a tempestade chega, sempre nos recolhemos em nós mesmos.
Talvez seja da nossa natureza.
E quando as nuvens pesadas das tormentas da vida se mostram no horizonte do seu olhar?
O que você faz?
O que você segura próximo de si?
Você fecha as portas e janelas? Ou as abre?
Como você se sente ao ver ela chegando? E quando a tormenta está desabando sobre você, como se sente?
Talvez, talvez.. Exista a chance do Sol sempre estar lá, pairando forte, majestoso e soberano sobre as nuvens densas e pesadas.
E quem sabe, quando olhamos para o Sol, podemos nos lembrar da tempestade; e quando olhamos para a tempestade, podemos nos lembrar do Sol…
Faz sentido para você?