A persistência é sempre um comportamento ou um valor que é desejável na nossa vida, seja no ambiente profissional ou pessoal. Afinal, como fazer aquela venda difícil sem que haja muita persistência ? Como educar bem os filhos sem que a persistência, aliada à paciência, nos levem ao melhor em termos de educação com nossos filhos? Como desenvolver uma grande ideia ou produto, sem a persistência? Já disse Henry Ford a célebre frase : “os dias prósperos não vem por acaso; nascem de muita fadiga e persistência”. Os grandes líderes sempre falam da persistência.
Mas, eu lhe faço uma pergunta simples: você consegue persistir naquilo que não acredita? Consegue ser persistente em coisas que não fazem sentido para você? Isso pode nos remeter ao fato de que a persistência tem um motivador. Algo nos motiva a persistir, existindo um propulsor dentro de nós que gera a motivação. Considero essa força nossos grandes ideais e valores. Somos persistentes quando sentimos que iremos conseguir e que sabemos que isso irá gerar algo que nos torna melhores no sentido de nossa missão ou objetivos de vida. Sem um propósito maior, nos falta a persistência.
Mas consideremos que sim, você acredita e sabe que a sua persistência te leva aos seus propósitos maiores. Logo, você é persistente. E isso é ótimo.
Mas não é o bastante. Pois a persistência precisa de inovação para gerar resultados diferentes.
Inovar é uma arte. Grandes forças impulsionam a inovação para que essa aconteça, tais como a criatividade, o comprometimento, a busca pelo melhor. Quando se está caminhando pela via da inovação, nunca se chega efetivamente ao destino. Quem trabalha nesse sentido, está sempre buscando mais, melhor e em menos tempo.
E se formos olhar, a inovação é o que o mercado mais demanda hoje das empresas. Pois está em constante mudança, com necessidades em transformação num ambiente globalizado e conectado. E porque não dizer em nossos relacionamentos com esposas, maridos, filhos, pais… A inovação é a chave que faz tudo mudar. Como num jogo de xadrez, quando se mexe numa peça acaba-se por mudar o jogo todo.
E para inovar, há que se usar a criatividade.
Houve um tempo que fui palhaço voluntário em um grande hospital de Porto Alegre. E aprendi a entrar no “vazio”, como se diz no universo clown; que também se pode chamar de improviso. A grande mágica do palhaço está no improviso, pois ele busca, por sua imaginação, criar coisas que ninguém pensou. Ele olha para um relógio e imagina um brinco de um elefante; olha para uma cadeira e transforma em um cavalo; e por aí vai. Usa da criatividade e associação para transformar o improviso em riso. O palhaço usa até seus erros como combustível para o improviso, o que dá muito certo.
Na imaginação é que nascem as grandes inovações. E inovação é mudar, o tempo todo, em tudo.
Quando somos persistentes e aliamos com a inovação, obtemos resultados fantásticos. Pois criamos uma condição de fazer o novo, mantendo os objetivos. Fazer diferente, mantendo o foco. Pensar, no improviso ou no vazio, no que ainda ninguém pensou, tendo como alvo aquilo em que você está persistindo, motivado pelo que acredita.
E lhe pergunto: se você colocasse um nariz de palhaço agora e incorporasse o clown que existe em você, o que poderia fazer de diferente para, com a sua persistência, atingir o mais pleno sucesso na sua vida ou no seu trabalho?
Isso faz sentido para você?